As contas do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS) fecharam o ano de 2006 com um superávit primário de R$ 49 802 bilhões, o equivalente a 2,38% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O resultado é menor do que o apresentado em 2005, quando o Governo Central apresentou superávit primário de R$ 52,816 bilhões, correspondente a 2,73% do PIB.

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Em dezembro, contudo, o Governo Central apresentou um déficit de R$ 5,594 bilhões. Enquanto as contas do Tesouro apresentaram um déficit de R$ 3,502 bilhões, a Previdência teve resultado negativo de R$ 2,054 bilhões e o Banco Central um déficit de R$ 37 milhões.

O déficit das contas do Governo Central em dezembro superou o teto das previsões de um grupo de 10 analistas do mercado financeiro consultados pela Agência Estado, que previam que o saldo poderia ficar negativo de R$ 4,7 bilhões a R$ 500 milhões.

Em nota divulgada esta tarde, o Tesouro afirma que o esforço fiscal do Governo Central em 2006 está em linha com o cumprimento da meta de superávit do setor público consolidado (União, Estados, municípios e empresas estatais), de 4,25% do PIB.

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As despesas do governo central tiveram crescimento de 13,9% em 2006, maior do que a evolução das receitas, que tiveram expansão de 11,2% no ano passado. No período anterior (2005/2004), as despesas tinham crescido 16,2%, num ritmo menor do que a expansão das receitas. Em 2006, ano de campanha eleitoral, o governo aumentou os gastos, o que diminuiu o esforço fiscal.