São Paulo – Apesar do câmbio desfavorável para as exportações, a indústria de celulose e papel deverá encerrar o ano com superávit comercial de US$ 2,6 bilhões (valor FOB), uma alta de 22,3% sobre 2004, segundo estimativas divulgadas hoje (8) pela Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). Conforme a entidade, as exportações do segmento deverão terminar dezembro com alta de 18,6% sobre o ano passado, atingindo US$ 3,45 bilhões. Desse montante, US$ 2,2 bilhões foram obtidos com embarques de celulose, que evoluíram 27,8% em valor, na comparação com 2004.

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Para as importações, a previsão da Bracelpa é de crescimento de 8,2%, com resultado de US$ 820 milhões, puxado principalmente pelo setor de papel – cujas importações devem totalizar US$ 620 milhões (10,1%).

De acordo com o presidente da associação, Osmar Zogbi, o aumento projetado para o superávit comercial reflete principalmente os bons preços da celulose branqueada de eucalipto e a manutenção do aquecimento na demanda internacional pela commodity. "Para o próximo ano, a expectativa é de que os preços sejam mantidos e a produção nacional de celulose cresça de 5% a 6%, chegando a 10,5 milhões de toneladas", comentou.

Em 2005, conforme estimativa da entidade, a produção de celulose deverá chegar a 10 milhões de toneladas e a de papel, a 8,6 milhões de toneladas – equivalente a incrementos de 4% e 2%, respectivamente, frente ao ano passado.

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