Sul-africanos voltam à dura realidade na Copa

Roberto Schmidt/AFP

A euforia teve curta duração para a África do Sul. A estreia encorajadora contra o México (1-1) não foi capaz de dar força à seleção, que teve uma atuação fraca contra o Uruguai (0-3) e agora tenta se agarrar a uma tênue esperança de se classificar para as oitavas de final da ‘sua’ Copa do Mundo.

Antes do início da Copa, a questão era saber se a África do Sul seria ou não a primeira equipe de um país-sede eliminada na primeira fase. Mas alguns bons amistosos e a partida de abertura contra os mexicanos fizeram a empolgação tomar conta do país.

A Celeste, que não chegou a ter uma atuação genial, expôs as carências dos Bafana Bafana em Pretória.

Agora, os anfitriões precisarão de quase um milagre para chegar às oitavas. No dia 22 de junho, terão de vencer de qualquer maneira a França e torcer por uma complicada combinação de resultados.

“Disse a meus jogadores que não acabou e que tudo será decidido na última partida contra a França”, afirmou o treinador Carlos Alberto Parreira após o jogo contra os uruguaios, enquanto o meio-campo Steven Pienaar mostrou ter assimilado o espírito do brasileiro: “Não acabou. Temos que esperar que França e México empatem e, assim, teremos uma final de Copa para jogar contra os franceses”.

É preciso, entretanto, uma boa dose de otimismo para imaginar os sul-africanos derrotando os ‘Bleus’ vice-campeões mundiais, mesmo que os franceses não estejam em um bom momento.

Apesar de terem um estádio inteiro a seu favor, os Bafana não conseguiram em momento algum levar perigo aos uruguaios, que não estão entre os “bichos papões” desta Copa.

Pienaar, que deveria ser o criador das jogadas, ainda não chegou ao Mundial. Tshabalala, autor do belo gol contra os mexicanos, não conseguiu repetir sua atuação, enquanto o atacante Mphela, apesar da disposição, desferiu apenas duas cabeçadas contra o gol uruguaio.

As carências individuais comprometeram o jogo coletivo, muito pobre, antes que tudo desabasse definitivamente a 15 minutos do final, quando o goleiro Khune foi expulso por uma falta cometida em Suarez, que originou o pênalti do segundo gol dos rivais.

Uma expulsão, considerada escandalosa por Parreira, que deixará os Bafana Bafana sem um de seus melhores jogadores contra a França. O meio-campo Kagisho Dikgacoi (dois cartões amarelos) também não jogará.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna