Suiço é acusado de chefiar rede de prostituição no Ceará

A polícia descobriu mais uma rota internacional envolvendo prostituição de
adolescentes em Fortaleza. O suíço Schaffer Jurg, de 40 anos, e o taxista
cearense Francisco Harioldo Pereira Cordeiro, conhecido como Ari de 38 anos,
estão com prisão preventiva decretada. Jurg morava em um dos chalés da pousada
Cajueiro Chalés Tropical, localizada entre os municípios de Eusébio e Aquiraz,
na região metropolitana. De acordo com a polícia, o suíço agenciava os programas
com os turistas europeus, enquanto que o taxista ficava responsável pelo
transporte das meninas até a pousada, onde eram promovidos os
encontros.

De acordo com o delegado Jacob Stevenson, titular da delegacia
do Eusébio, oito garotas, com idades entre 14 a 17 anos, já foram identificadas
como vítimas do esquema. Elas recebiam R$ 50 por programa. Jurg e Ari estão
foragidos. A polícia não descarta a possibilidade de o suíço ter conseguido
fugir para a Europa. A pousada foi interditada no sábado e o dono, o italiano
Arno Giovanninni, também foi denunciado pelo Ministério Público.

Antes de
terem suas prisões decretadas o suíço e o taxista foram ouvidos pelo delegado
Stevenson. ”O Ari achava que não estava cometendo crime algum, alegando que as
meninas já eram prostitutas. Já o suíço negou a participação no esquema”,
informou o delegado. Os dois, no entanto, foram apontados pelas garotas como
sendo seus aliciadores.

Este é o quarto caso de abuso de menores e
prostituição infantil descoberto nos últimos seis meses envolvendo turistas
estrangeiros no Ceará. Em outubro do ano passado, 11 pessoas foram presas sob a
acusação de pedofilia e tráfico internacional de mulheres. O alemão Oliver Frank
Günther, apontado como o líder do grupo, continua preso na carceragem da Polícia
Federal.

Ainda em outubro, foi preso o holandês Antonius Adelbert Vonk,
de 60 anos. Dois meses depois, uma quadrilha italiana, que funcionava como uma
rede de turismo sexual entre Fortaleza e algumas cidades da Itália, foi
desarticulada graças a um trabalho realizado por policiais brasileiros e
italianos. Quatro pessoas foram presas. Dentre elas, a brasileira Angélica
Ribeiro de 31 anos, e o marido dela, o italiano Luigi Miraglia, de 48, que eram
donos de uma agência de viagens em Fortaleza.

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