O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta terça-feira (13) que a desvalorização do dólar ante o real é resultado da conjugação de três fatores: crescimento das exportações, juros elevados e queda do risco-país. "Pagamos o preço do sucesso do nosso comércio exterior", disse Mantega, que participa de audiência pública no plenário do Senado. Segundo ele, o aumento das exportações tem melhorado a oferta de dólares, o que pressiona o real.

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Além disso, ressaltou, o Brasil continua praticando juros mais elevados, o que permite ganhos de arbitragem em relação a outros países, além do fato de que o Brasil diminuiu o seu risco e cada vez se torna mais seguro para o investidor. "Com isso há uma sobrevalorização do real, que prejudica alguns setores e o governo está altamente preocupado", disse Mantega.

Ele lembrou que o Banco Central vem comprando dólares para reforçar as reservas internacionais que já atingiram a casa de US$ 105 bilhões. Segundo Mantega, o aumento das reservas também garante que o Brasil não fique a mercê da economia mundial. "Não vou dizer que não estamos suscetíveis a uma crise internacional, mas o risco é infinitamente menor do que no passado", afirmou.

FGTS

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Mantega garantiu que a criação de fundo de infra-estrutura com recursos do FGTS, como prevê o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), não trará perdas para o trabalhador. Ele explicou que o fundo será constituído com R$ 5 bilhões de um total de R$ 21 bilhões do patrimônio líquido do FGTS. Além disso disse Mantega, será garantido um rendimento mínimo de 3% mais TR, que é o atual rendimento do FGTS. Mantega disse que tem certeza que os investimentos de infra-estrutura serão bem gerenciados pela Caixa Econômica Federal.