Brasília – Subsídios concedidos pelos Estados Unidos aos produtores locais de algodão é um dos temas a serem discutidos na 65ª reunião do Comitê Consultivo Internacional do Algodão, que ocorre em Goiânia (GO), entre os dias 11 e 15 de setembro. Na última sexta-feira (1º), o governo norte-americano bloqueou, na Organização Mundial do Comércio (OMC), o pedido brasileiro para verificar se os Estados Unidos estão eliminando os subsídios ao produto.

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A contestação do Brasil se desenrola na OMC há cerca de dois anos. Os Estados Unidos cortaram parte do subsídio e alegaram que tinham atendido a determinação da OMC. O Brasil refuta a afirmação.

?Esses subsídios deformam o comércio internacional. Acreditamos que eles não cortaram subsídios suficientes?, afirma o diretor do Comitê Consultivo Internacional do Algodão, Paulo César Peixoto.

Ele explica que os incentivos diminuem a preocupação dos produtores norte-americanos com custo de produção e com o preço do produto no mercado internacional, já que os subsídios reduzem prejuízos.

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Atualmente, o Brasil é o sétimo produtor mundial de algodão. De acordo com Peixoto, em cerca de 10 safras, o país passou de importador para  exportador. Isso em razão das mudanças na forma de cultivo, além de se tornar mecanizado, se descolou de regiões como a Sul para o Centro-Oeste.

Além dos subsídios, delegações de 42 países debaterão, no encontro, temas como padronização de regras de comercialização, o futuro da indústria têxtil, produção orgânica do algodão.

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