O Subsecretário de Estado dos Estados Unidos, Nicholas Burns, disse ontem que vai viajar a Londres na próxima segunda-feira para se encontrar com o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para tentar acertar uma nova resolução para sancionar o Irã.

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A decisão vem após a divulgação de um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que aponta que o Irã não acatou o ultimato da ONU e ignorou a resolução do Conselho de Segurança, continuando com seu programa atômico e instalando mais reatores que podem enriquecer urânio a níveis suficientes para fabricar armas químicas.

Burns disse esperar que os EUA e outros membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha, possam rapidamente chegar a uma resolução para "ver o Irã repudiado novamente". Disse também que era cedo demais para dizer que providencias a resolução pode conter. "Está efetivamente torcendo o nariz para a comunidade internacional", disse Burns sobre o Irã, horas depois de o relatório da AIEA ser apresentado.

Em contraste com os EUA, a Rússia questionou a utilidade de sanções adicionais da ONU contra o Irã, dizendo que a meta era alcançar uma solução para as ambições nucleares de Teerã. Vitaly Churkin, embaixador de Moscou na ONU, fez as declarações após a apresentação do relatório da AIEA.

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"Não devemos perder a meta de vista, e a meta não é ter uma resolução ou aplicar sanções. A meta é colocar em prática uma saída política para esse problema", disse Churkin a repórteres. EUA e várias nações da Europa, como Reino Unido e França, estão pressionando por sanções ao Irã.