STJD adia julgamento de técnico do Internacional para sexta-feira

A Quarta Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) adiou para a próxima sexta-feira o julgamento do técnico do Internacional, Abel Braga. O treinador já tinha um voto pela sua condenação, mas o presidente da comissão, José Alberto Diniz, sugeriu a remarcação da sessão. Ele quer a presença do delegado da partida, Sílvio Cléber Costa, que enviou ao tribunal depoimento por escrito, no qual relata a infração de Abel.

O técnico do Internacional estava sendo julgado – já tinha um voto pela condenação mínima, 90 dias – por supostamente ter descumprido uma sentença desportiva e, por isso, poderia ser punido por até 360 dias de suspensão. Na derrota para o Cruzeiro no Mineirão, no dia 5, o delegado da partida relatou que Braga foi ao vestiário dar a preleção aos jogadores.

E ao ir ao vestiário, segundo o relato do delegado do confronto, descumpriu uma decisão do tribunal, que o havia punido com 30 dias de suspensão no dia anterior, por desentendimentos com o juiz da partida contra o Corinthians, Wagner Tardelli.

A relatora do processo, Renata Quadros, que havia votado pela punição de Braga, não apoiou a intenção do presidente, mas foi vencida porque o outro auditor da comissão, Paulo César Salomão, aceitou a sugestão. "Não concordo, mas não me oponho", disse Salomão.

Um dos principais argumentos da relatora era o de que existiam provas suficientes para que o julgamento fosse realizado. Apontou a contradição entre o depoimento de Braga, que negou ter entrado no vestiário mas admitiu ter ido na porta, e o responsável pela logística do Internacional, conhecido por Adriano, que confessou ter visto o técnico dentro do local – "para pegar um rádio de comunicação".

Além disso, o próprio técnico do Internacional, durante seu depoimento, admitiu ter passado instruções no intervalo do primeiro tempo, quando supostamente desceu para recarregar a bateria do comunicador. "Falei da porta do vestiário para substituir o Ramon pelo Ricardo Jesus".

"Não me sinto confortável para votar. E o Código Brasileiro de Justiça Desportiva tem um artigo que permite o adiamento. Vamos em busca da verdade real", justificou o presidente da 4ª Comissão Disciplinar do STJD. O técnico do Internacional deixou o local sem falar com os jornalistas.

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