Exatamente uma semana após começar a ouvir os acusados de envolvimento no suposto esquema de fraude em licitações públicas investigado na Operação Navalha, da Polícia Federal, a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon, relatora do inquérito judicial, pretende encerrar nesta segunda os depoimentos que ficaram pendentes.
Das pessoas que foram presas desde o início da operação, faltam depor cinco suspeitos ligados à Construtora Gautama, empresa que segundo a PF, seria o centro de todo o esquema, aliciando servidores e políticos para obter favorecimento em licitações de obras públicas federais, estaduais e municipais. São eles: Tereza Freire Lima, funcionária da Gautama; Abelardo Sampaio Lopes Filho, diretor da empresa; Gil Jacó Carvalho Santos, diretor financeiro da construtora; Rodolpho de Albuquerque Soares de Veras, filho do dono; Henrique Garcia, administrador ligado à empresa.
Os cinco presos seriam ouvidos no último sábado, mas os depoimentos foram transferidos para hoje. As audiências estavam marcadas para começar a partir das 9 horas. Na semana passada, a ministra Eliana Calmon ouviu 39 suspeitos de integrar o esquema de fraudes investigado pela PF. De todas as pessoas chamadas a depor, apenas Zuleido Veras, dono da Gautama, Vicente Coni e Maria de Fátima Palmeira, diretores da empresa, e o funcionário da construtora João Manoel Barros continuam presos.