STJ bloqueia bens de 48 presos na Operação Navalha

Além da prisão dos envolvidos na quadrilha de fraudadores de licitações de obras públicas desmantelada ontem pela Polícia Federal na Operação Navalha, a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que preside o inquérito, decretou o bloqueio das contas e a indisponibilidade dos bens dos 48 presos na operação. Entre os bens apreendidos, constam dez automóveis de luxo, inclusive o Citroen C5, calculado em R$ 110 mil, dado como mimo ao ex-governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares por sua atuação na liberação de medições fraudulentas de obras em favor da construtora Gautama, pivô do escândalo.

Parte do material apreendido chegou da noite de ontem, junto com o primeiro lote de prisioneiros oriundos da Bahia e do Maranhão. Outro lote, procedente do Piauí, chegou nesta sexta-feira (18). Mas o maior volume de apreensões virá em lotes em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), carretas e viaturas, neste fim de semana e na segunda-feira. O bloqueio das contas e a indisponibilidade dos bens destinam-se a cobrir eventuais danos aos cofres públicos a serem apurados.

A PF estima-se que seja de mais de R$ 100 milhões o volume dos contratos em favor da Gautama fraudados pela quadrilha mediante medições fraudulentas de obras, superfaturamento e desvios. A organização, conforme as investigações, já havia se estruturado em nove Estados, mais o Distrito Federal, para fraudar contratos de programas do governo, como o Luz para todos e as construções de pontes e estradas, além de ter se organizado para desviar verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo presidente Lula em janeiro passado.

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