A ministra Hellen Gracie, do Supremo Tribunal Federal, negou o pedido de liminar
feito pelo empresário Antônio Velasco Remígio para que a quebra de seus sigilos
fiscal, telefônico e bancário se resumisse ao ano de 2005. Após seu depoimento,
a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga denúncias de corrupção
nos Correios determinou que a quebra dos sigilos de Remígio fosse feita a partir
de 2003.
Ao pedir a redução do período para a quebra dos sigilos, o
empresário alegou que havia prestado depoimento como testemunha e não estaria
sujeito a qualquer investigação. Em sua decisão, a ministra entendeu que não
cabe ao Supremo sobrepor-se a uma decisão da CPI dos Correios e que o pedido do
empresário representaria uma "interferência indevida de um Poder sobre
outro".
Antônio Velasco Remígio é sócio de Arthur Wacheck Neto na Coman,
Comercial Alvorada de Manufaturados. Wacheck assumiu a autoria da gravação que
deu origem às denúncias de suposto esquema de corrupção nos Correios.