Brasília (AE) – O ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal, negou, há pouco, pedido de liminar no mandado de segurança protocolado na última sexta-feira pelos deputados federais João Paulo Cunha (SP), Josias Gomes da Silva (BA), Professor Luizinho (SP), Paulo Rocha (PA) e José Mentor (SP), todos do PT, contra a decisão da Mesa da Câmara de pedir a abertura de processo contra eles no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. Os deputados são acusados pelas CPIs dos Correios e do Mensalão de envolvimento no esquema de pagamento de mensalão em troca de apoio a matérias de interesse do governo.
Com a decisão, os deputados ou renunciam hoje a seus mandatos ou se sujeitam a tê-los cassados pelo Conselho de Ética. Na primeira hipótese, eles deixam aberta a perspectiva de disputar novo mandato nas eleições do ano que vem. Na segunda, se condenados, ficarão inelegíveis por oito anos.
O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), deu prazo até as 18 horas de hoje para os deputados que desejarem renunciar tomarem essa iniciativa, pois às 18h01 de hoje ele instaura os processos, e aí não haverá mais a opção da renúncia.