Enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) há um ano e três meses o inquérito que apura o pagamento de mesadas a parlamentares está longe de chegar a uma conclusão. O relator do inquérito, ministro Joaquim Barbosa, afirmou nesta terça-feira (14) que só em 2007 o tribunal vai decidir se será aberta uma ação criminal contra os 40 suspeitos de participação no esquema do mensalão. "Para este ano é impossível", reconheceu

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Até agora, o ministro determinou apenas a realização de diligências pedidas pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. Entre essas diligências, estão quebras de sigilos e interceptações telefônicas. Os investigados encaminharam defesas prévias ao STF, mas ainda não foram sequer ouvidos.

Um dos fatores apontados por Barbosa como decisivos para a lentidão do inquérito é o grande número de denunciados. Outro fator relevante é que o STF costuma tomar decisões polêmicas, como a que envolve esse caso, apenas quando seus 11 ministros estão presentes às sessões de julgamento – circunstância que nem sempre ocorre. Por causa disso, o Supremo não deverá decidir na quinta-feira, como estava previsto, se parte das investigações sobre o mensalão serão transferidas para a Justiça de primeira instância. Esse adiamento deverá ocorrer porque o decano do tribunal, Sepúlveda Pertence, não participará da sessão.

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