O novo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, evitou novamente polemizar sobre a questão do cultivo de lavouras transgênicas no País. Ao ser questionado, logo após sua posse, sobre qual seria sua posição em relação ao tema, Stephanes disse que "o ministro não pode e nem deve ter posição própria e nem regional. Tem de cumprir a legislação, seguir as regras do governo e a política"
Stephanes não deixou claro, no entanto, se o termo "regional", dito por ele em sua resposta, seria uma referência à posição contrária do governador Roberto Requião (PMDB-PR), a quem o novo ministro é ligado politicamente e de quem obteve o apoio para assumir a vaga no comando da Agricultura. Stephanes reafirmou ainda "existir uma lei e uma política governamental sobre os transgênicos e ainda uma comissão (CTNBio) que cuida disso", concluiu.
O novo ministro disse nesta sexta-feira (23) também que desconhece e que não cabe a ele comentar as indenizações de R$ 10 bilhões pedidas por usineiros na Justiça, como ressarcimento por supostos prejuízos decorrentes do congelamento, pelo governo, dos preços do álcool e do açúcar na década de 80. "Não tenho conhecimento dela (dívida) e não me cabe avaliar", afirmou Stephanes.
Apesar de elogiar o desenvolvimento do setor sucroalcooleiro para o País, Stephanes disse que "as únicas preocupações que têm de ser tomadas são as com o meio ambiente e com a competição com as outras culturas". O ministro lembrou ainda que estava no Ministério da Agricultura quando foi lançado o Proálcool, em 1975. "Eu participei do início dessa história", afirmou.
Stephanes disse ainda que o governo "já tem política em relação ao etanol e em relação ao biodiesel" e que caberá a ele operacionalizar aquilo que cabe ao Ministério da Agricultura. "Já que há várias instituições de governo na operacionalização dessa política", concluiu.