Stephanes admite não usar FAT em dívida agrícola

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, admitiu nesta quarta-feira (11) que o governo pode não utilizar recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para o refinanciamento da dívida agrícola entre produtores e o setor privado. O governo pretendia destinar R$ 2,2 bilhões do FAT para a operação e tentar garantir a reposição desses recursos com a criação do Fundo de Recebíveis do Agronegócio (FRA), formado por recursos dos produtores, do setor privado, do Tesouro e do Citibank.

As operações seriam feitas por meio de uma medida provisória (MP), cujo texto enfrenta o veto do Ministério do Trabalho. "A primeira idéia seria (o uso) de recursos do FAT, numa aplicação segura e remuneração adequada (taxa Selic mais juros de 5% ao ano). Evidentemente que se não pudermos caminhar nessa direção, teremos de encontrar uma outra solução, mas não está afastado ainda o uso do FAT", disse Stephanes.

Já os deputados ruralistas que articularam a operação da MP junto ao governo, produtores e setor privado, tentam convencer ainda hoje o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a rever a decisão contrária. De acordo com o deputado Dagoberto Nogueira (PDT-MS), uma comissão de parlamentares vai conversar com o ministro do Trabalho ainda hoje, logo após o retorno de Lupi do Rio de Janeiro, onde participa de eventos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nogueira foi escalado pelos ruralistas por ser do mesmo partido de Lupi, que preside o PDT nacional.

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