O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile, disse nesta quinta-feira (30) que os representantes de movimentos sociais que se encontrarão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana cobrarão dele o cumprimento das promessas de campanha. "Atenção Lula, não nos tome como compadres", alertou Stédile.

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A reunião entre o presidente e a Coordenação de Movimentos Sociais (CMS), que reúne entidades como o MST, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), está prevista para dia 06, em Brasília. "O povo precisa de mudanças que garantam aumento do salário mínimo, aumento dos salários em geral, distribuição de terra e garantia de emprego. Nós estamos unidos a favor disso e vamos pressionar para isso", disse Stédile.

Sobre a reforma agrária, o líder do MST voltou a fazer duras críticas ao governo petista. Questionado sobre a invasão de cerca de cinco mil sem-terra ao porto de Maceió hoje, ele disse que o movimento está na verdade cobrando "faturas antigas, que já venceram há dois, três, quatro anos". "O governo tinha se comprometido e assinado no Plano Nacional de Reforma Agrária assentar 420 mil famílias em quatro anos. Até agora, assentou mal e porcamente em torno de 150 mil", reclamou. "Está na hora de eles criarem vergonha. A nossa paciência tem limite.

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