O coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile, informou há pouco que as
ocupações de terra no País vão continuar, em protesto contra a política
econômica do governo, que, a seu ver, é um prolongamento do governo Fernando
Henrique Cardoso."O movimento vive de ocupações. Não precisa nem prever que
haverá novas ocupações", disse Stédile, depois de participar de café da manhã
com o Núcleo Agrário do PT. Ele informou que a estratégia de lutas do "Abril
Vermelho" se prolongará no mês de maio, com a marcha que sairá de Goiânia no dia
2 de maio e chegará a Brasília no dia 17.
Stédile disse que está em
Brasília para comunicar ao governo o calendário da marcha, ao final da qual será
entregue um documento de reivindicações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Esse documento afirmará que o Estado só defende os ricos, denunciará a "campanha
conservadora" que Stédile atribui ao setor do agronegócio e , por fim, criticará
a política econômica do governo Lula.
"Essa política econômica é uma
vergonha, viu seu Palocci", afirmou Stédile, olhando para as câmeras de
televisão. Segundo o líder do MST o povo elegeu o governo para fazer reforma
agrária, não para aumentar juros ou cortar verbas sociais.