As primeiras ações do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) da Segurança Pública em São Paulo serão direcionada a evitar a lavagem de dinheiro e eliminar contas bancárias que dão suporte às facções criminosas atuantes no Estado de São Paulo. A decisão foi tomada hoje, na primeira reunião do GGI, composto pelas Forças Armadas, governo federal e governo estadual, com intermédio das Secretarias da Segurança Pública e da Administração Penitenciária. Participaram do encontro o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o comandante militar do Sudeste, general Luiz Edmundo de Carvalho, e o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL).
São Paulo era o único Estado que não integrava o Plano Nacional de Segurança Pública, criado em 2003 pelo governo federal. A adesão foi selada na sexta-feira passada, após reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Cláudio Lembo.
Lembo afirmou que muitas decisões foram tomadas na reunião. Como são informações sigilosas, as definições não serão detalhadas por enquanto. Elas dizem respeito a operações de inteligência, treinamento de efetivo e ações de combate ao crime. Segundo o governador, outras duas reuniões já estão marcadas para quinta-feira na sede do Comando Militar do Sudeste, na zona sul de São Paulo.
O primeiro encontro terá como tema a lavagem de dinheiro, com grupos do Ministério da Justiça e 50 órgãos do Governo Federal, articulados pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional.
No segundo será discutido o serviço de inteligência da Segurança Pública paulista, com a presença das Forças Armadas e de representantes do serviço de inteligência da Secretaria Estadual da Segurança Pública, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
Para o ministro da Justiça, as reuniões do GGI vão aumentar a qualidade de um processo de integração entre Estado e governo federal que já existe, nas áreas de planejamento estratégico, uso intensivo da inteligência e combate à lavagem de dinheiro, causa final do crime organizado.