Ribeirão Preto (AE) – A Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo informou hoje que foi afastada a contaminação com febre aftosa em 2.069 animais, entre bovinos, suínos, caprinos e ovinos "importados" do Paraná entre os meses de setembro e outubro. De acordo com a secretaria, após o rastreamento, a análise e o monitoramento dos animais, não foram constatados sintomas clínicos da doença, que não devem surgir em virtude de o período de incubação do vírus da febre aftosa ser de 15 dias.
Os animais, vindos de diversas regiões paranaenses, estavam distribuídos em 57 propriedades rurais de 41 municípios paulistas. Relatos e notas técnicas com os exames feitos pelos veterinários paulistas serão encaminhados ao Ministério da Agricultura, juntamente com as ações de bloqueio tomadas nas divisas com Paraná e Mato Grosso do Sul. A ação tem o objetivo de pedir que o ministério solicite à União Européia o fim do embargo à carne do Estado de São Paulo, que responde por 70% de toda a carne comercializada pelo Brasil no exterior.
Além do monitoramento dos animais suspeitos, São Paulo criou corredores sanitários nas divisas com os dois estados que tiveram focos ou suspeitas da doença. Estão proibidas as entradas de animais vivos e carne com osso do Paraná e do Mato Grosso do Sul, bem como qualquer tipo de produto animal das regiões com focos ou suspeitas da doença. Além dessa medida, o governo paulista proibiu qualquer tipo de evento com animais suscetíveis à febre aftosa, como feiras, leilões e rodeios, por tempo indeterminado.