A sondagem do mês de março elaborada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), mostrou que para este primeiro trimestre, estimativas preliminares indicam que o PIB do Brasil deverá crescer 3,8% em relação ao mesmo período do ano passado, o que abre a perspectiva para um crescimento do setor acima de 10% este ano.

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Diz também que "o mês de março de 2007 deu indicações de crescimento dos negócios do setor eletroeletrônico em relação ao igual mês do ano passado". O texto afirma que a sondagem realizada pela Abinee aponta que "as áreas de Material Elétrico de Instalação, Informática, GTD – Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica -, Automação Industrial e Equipamentos Industriais são as que estão demonstrando maior dinamismo".

O estudo da Abinee confirma que as ações do governo para estimular a indústria da Construção Civil já estão se refletindo nas vendas de materiais elétricos de instalação, enquanto que o mercado de bens de Informática continua sob a influência da Lei do Bem (que isentou o PIS – Programa de Integração Social – e a Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – dos computadores de até R$ 2,5 mil e notebooks de até R$ 3 mil). O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além disso, ampliou as isenções para PCs de até R$ 4 mil.

Na área geração, transmissão e distribuição de energia elétrica continua o investimento nas redes de distribuição, em função do Programa Luz para Todos, do Governo Federal, e da própria ampliação do consumo de energia, além da continuidade dos investimentos em linhas de transmissão decorrentes dos respectivos leilões ocorridos nos dois últimos anos.

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Por sua vez, os fabricantes de equipamentos para geração de energia, prosseguem na expectativa da entrada de encomendas referentes ao leilão de energia nova ocorrido em outubro passado. Estão otimistas quanto ao novo leilão, também de energia nova, que deverá ocorrer no mês de maio, e com os novos investimentos previstos no PAC.

Quanto às áreas de bens de capital do setor eletroeletrônico (equipamentos industriais e automação industrial), as encomendas de seus equipamentos vieram dos investimentos de importantes setores industriais como Petróleo e Gás, Biocombustível, Álcool, entre outros.

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Por outro lado, as vendas de produtos das áreas de Componentes Elétricos e Eletrônicos e de Telecomunicações não tiveram a mesma performance. Na primeira, as dificuldades em concorrer com os componentes importados estão sendo agravadas pela valorização cambial e, além disso, estão perdendo espaço no mercado internacional.

Na área de Telecomunicações, a vendas estão sendo mantidas pelo mercado de substituição de aparelhos celulares e pela expansão dos investimentos na transmissão de dados pela tecnologia VoIP. Os investimentos em infra-estrutura permanecem parados. Neste início de ano, as indicações são de que os negócios da indústria eletroeletrônica estão superando os realizados em igual período do ano passado.

O desempenho dessa indústria tem forte relação com o crescimento econômico do País. Se o País cresce, esta indústria cresce e, normalmente, em proporções acima do que é apresentado pela economia da nação. O que está se observando nestes primeiros meses de 2007 é que, além deste comportamento natural, alguns fatores específicos estão contribuindo para o desempenho favorável do setor eletroeletrônico, dentre os quais se destacam: os programas de estímulo à Construção Civil; a ampliação dos limites de preços dos computadores com isenção de impostos; e redução de impostos sobre bens de capital, entre outros.

Ficaram fora deste ambiente de crescimento os setores de Componentes Elétricos e Eletrônicos e de Telecomunicações. No primeiro caso, os problemas estruturais deste setor não foram corrigidos e, por esta razão, continuam perdendo mercado, especialmente com a excessiva valorização cambial.

A área de Telecomunicações, cuja atividade da indústria estava sendo regida pelo desenvolvimento e consolidação da telefonia celular, agora está vendo seu mercado se estabilizar. No âmbito geral do setor eletroeletrônico, o principal problema apontado pelas indústrias é a valorização do real sobre o dólar.