O empresário do setor de transportes Sérgio Gomes da Silva, conhecido como Sombra, não soube explicar à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos por que recebeu quatro depósitos em sua conta bancária, feitos por Luis Alberto Ângelo Gabrielli Filho, proprietário da Expresso Guarará. "Fiquei sabendo agora, quando soube dos boletos, que foram feitos estes pagamentos", declarou em depoimento que terminou há pouco.

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Os depósitos aconteceram em 1997, com intervalos de 30 dias e valores em torno de R$ 10 mil. O ex-secretário de Serviços Municipais de Santo André, Klinger Luiz de Oliveira Souza, acusou a empresa de fazer lobby para manter seu contrato com a Prefeitura de Santo André.

Sombra alegou que prestava serviços de segurança a empresas de transporte urbano e coleta de lixo de Ronan Maria Pinto e sempre tinha valores a receber. Ronan é acusado de participar de um esquema de cobrança de propina na Prefeitura.

"Eu partia do princípio de que os depósitos feitos nesta conta eram de quem eu prestava serviço", declarou. "Eu tinha um acordo com as empresas de Ronan e emitia nota fiscal a cada grupo de depósitos", complementou.

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Silva também não soube explicar a razão de depósitos feitos por ele em nome de diversas pessoas, como a ex-mulher Adriana Pugliese, do amigo Fernando Ubrich, de Ivone Souza (ex-companheira de Celso Daniel), e Daniele Pererira Braga. Disse , apenas, que costumava emprestar dinehiro aos amigos. "Preciso dos documentos para saber a razão destes cheques todos.

Tem uma razão, mas não sei agora", respondeu. Indignado, o senador Magno Malta (PL-ES) sugeriu uma acareação entre Sombra e as pessoas a quem teria emprestado dinheiro, e chegou a afirmar que o empresário poderia ser preso em flagrante por mentir à CPI.

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