“Solilóquio (Preciso escrever uma carta)” encerra temporada

Última semana do espetáculo Solilóquio (Preciso escrever uma carta), do Guaíra 2 Cia de Dança. A obra que fala das manifestações físicas do corpo, no tempo e no espaço está em cartaz desde o dia cinco. Ao todo serão nove apresentações, que se encerram neste domingo (14), no auditório Salvador de Ferrante (Guairinha).

Solilóquio revela questões a respeito da identidade pessoal do corpo, um apanhado do meio tempo entre o nascer e o morrer. Os bailarinos começam o espetáculo com uma pulseira de identificação usada em maternidades e terminam com uma etiqueta do IML no pé. Solilóquio significa a fala de alguém consigo mesmo.

Segundo Tuca Pinheiro, o mais evidente no espetáculo é a provocação de estímulos nos intérpretes na construção de um corpo que tenta falar sobre si mesmo. Muito mais do que uma preocupação rígida em seguir um roteiro ou atingir um resultado final, fica a necessidade de estar sempre elaborando perguntas. “A coreografia mostra o corpo exercitando essa grande fala solitária”, disse.

Os bailarinos que participam dessa montagem são Ailton Galvão, Ana Silva, Cintia Napoli, Clionise de Barros, Deisi Wor, Grazianni Canalli, Humberto Antonetti, Ines Drumond, Júlio Mota, Leandro Nascimento, Lia Comandulle e Rogério Halila.

O cenário, com piso verde, surgiu da criatividade dos bailarinos. Painéis com desenhos de números e códigos de barras delimitam o espaço no piso, dando a sensação de fechamento, de clausura. No figurino são usadas roupas urbanas, que trazem impressas em serigrafia os mesmo elementos do cenário, e mais o desenho de um rato, figura que sintetiza todo o trabalho de concepção do espetáculo, referindo-se às experimentações de Skinner na área do reflexo condicionado.

As músicas vão do clássico ao contemporâneo passando pelo samba e pelo rock: Sinfonia nº 3 op. 36, de Henrik Mikotaj Gorecki; Coleção de Novas Danças Brasileiras, de Livio Trogtenberg; Mensagem, de Aldo Cabral e Cícero Nunes, interpretada por Isaurinha Garcia; Não deixe o samba morrer, de Edson e Aluísio, interpretada por Alcione e Cássia Eller e Don’t stop’till you get enough, de Michael Jackson.

O espetáculo tem o patrocínio da Peróxidos do Brasil Ltda. que repassou R$ 70 mil, através da Lei Rouanet. Este foi o segundo projeto do Centro Cultural Teatro Guaíra a receber patrocínio pela lei de incentivo à cultura. A primeira parceria foi assinada neste ano com a Kraft Foods Brasil e a Bosch para a montagem do balé O Quebras Nozes, com o Balé Teatro Guaíra e a Orquestra Sinfônica do Paraná

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