Soja transgênica norte-americana perde mercado na Europa

A rejeição dos europeus aos produtos geneticamente modificados está afetando as exportações norte-americanas de soja transgênica. As vendas soja dos EUA para a Europa registram dramática queda de 50,64% neste ano, segundo informa o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Enquanto no ano passado, no primeiro trimestre, foi exportado 1,89 milhão de toneladas, neste ano, no mesmo período, foram embarcadas apenas 933 mil toneladas para o continente europeu.

As exportações para o mercado mundial da soja transgênica dos EUA têm queda de 6,69% neste ano. O volume embarcado nos três primeiros meses de 2006 é de 8,67 milhões de toneladas, contra exportações de 9,29 milhões de toneladas em 2005. A redução significativa das vendas dos EUA de soja transgência para o mercado europeu preocupa a American Soybean Association (ASA), que reúne 25 mil produtores norte-americanos de soja. A associação revela que, desde que a União Européia adotou medidas restritivas a produtos geneticamente modificados, as exportações norte-americanas despencaram de US$ 4,200 bilhões em 1996 para apenas US$ 1,600 bilhão em 2004.

Para Valdir Izidoro Silveira, presidente da Claspar, ?os números, divulgados pelos Estados Unidos, servem para comprovar que é correta a posição do governador Roberto Requião em defender a produção de soja convencional, e mais acertada ainda a decisão de garantir ao Porto de Paranaguá condições operacionais para dar prioridade aos embarques do grão convencional, segregando o produto transgênico. Esta estratégia garante para a produção de soja convencional paranaense a ampliação das vendas para o mercado europeu, que está banindo a soja transgênica norte-americana?.

A rejeição aos transgênicos aumenta na Europa. Depois da Suíça e Áustria, a Polônia, aprovou legislação rigorosa para banir produção e comercialização de produtos geneticamente modificados.

Penalidades

A Argentina está pagando o preço de produzir soja transgênica. Quatro navios com carregamento do grão geneticamente modificado embarcados na Argentina foram detidos em portos europeus. A Monsanto, empresa norte-americana que detém a patente da semente modificada, acusa os produtores argentinos pelo não pagamento de royalties na produção de soja transgênica.

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