Em 2004, foram exportadas pelo Porto de Paranaguá 4.797.763 toneladas de soja convencional. Para técnicos da Secretaria da Agricultura, o volume exportado garante uma receita superior a que poderia ser obtida com a exportações de soja transgênica.
O engenheiro agrônomo da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal (DDSV), Marcelo Silva, informou que o volume exportado em 2004 representaria, hoje, uma receita de R$ 2.022.257.104,00. Isto, de acordo com a cotação do preço da soja verificado dia 27. ?Chegamos a esse valor porque ontem (26) a saca de 60 quilos de soja estava cotada em R$ 25,29?, disse.
Para o engenheiro agrônomo do Núcleo Regional da Secretaria da Agricultura, em Toledo, Roberto Siqueira Filho, o preço da soja transgênica no mercado internacional tem se mantido, em média, 4% inferior ao da soja convencional. ?A saca de 60 quilos da soja transgênica é comercializada a R$ 24,25?, informou.
De acordo com o levantamento realizado por técnicos da Secretaria da Agricultura, o índice de contaminação com a soja transgênica, no Estado, é de 1,74%. Segundo Silva, este valor excede o limite de 1% para ser considerado livre de organismos geneticamente modificados (OGMs). ?Se a administração do Porto de Paranaguá não tivesse tomado as medidas necessárias, proibindo o embarque de soja transgênica, certamente todo o silo do Porto estaria contaminado com cerca de 2% de soja transgênica, produzida no Estado?, afirmou.
Para Silva, caso essa soja contaminada fosse exportada pelo Porto a receita gerada com a comercialização do produto cairia para R$ 1.939.095.879,00. ?Ou seja, uma perda real de R$ 83.161.225,00 para a economia do Estado, sem contar os custos indiretos, como a perda de competitividade do produto nacional no exterior?, concluiu.