O depoimento de Creuza Ferreira Almeida, mãe da cabeleireira Adriana Almeida, viúva do ganhador da Mega-Sena, Renné Senna, assassinado no mês passado, reforçou indícios de uma possível participação de ex-seguranças do milionário na morte de Renné e do policial militar Davi Vilhena. A informação foi dada nesta quarta-feira (7) pelo delegado titular da Delegacia de Homicídios, Roberto Cardoso, que há uma semana investiga o caso.
Ele ouviu por quatro horas a mãe da cabeleireira, na fazenda Nossa Senhora da Conceição, em Rio Bonito, onde Renné viveu com Adriana. Creuza declarou ao delegado que o ex-PM Anderson da Silva Souza, acusado de ser o autor do crime, tinha ciúmes de Vilhena com o patrão. "Ela contou que Souza repreendia o policial, porque ele fazia curativos em René, e Souza dizia que essa não era uma função de Vilhena", declarou o delegado. Ela contou que Davi repetia que Souza não era policial.
Creuza prestou depoimento em Rio Bonito porque ela "já é de idade e estava muito nervosa". Desde a prisão de Adriana, sua mãe passou a administrar a fazenda, comprada por R$ 9 milhões. O delegado disse que as investigações "estão andando", mas não quis dar detalhes. O policial também foi ao bar onde Senna foi morto a tiros.