O sócio da corretora de valores Bônus Banval Enivaldo Quadrado presta depoimento neste momento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios.

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A corretora seria uma das responsáveis pelo repasse de recursos das contas de Marcos Valério a parlamentares. Até agora, ele vem reafirmando o que contou à Polícia Federal em depoimento no dia 26, sem acrescentar novos dados.

Antonio Oliveira Claramunt, conhecido como Toninho da Barcelona, afirmou na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios que Marcos Valério usava a Bônus para mandar dinheiro para o exterior. De acordo com a polícia, por enquanto, não há indícios de remessas para o exterior.

O sócio da Bônus diz que conheceu Marcos Valério por meio do deputado José Janene (PP-PR) e que Valério se apresentou como um empresário interessado em comprar a empresa, que passava por dificuldades financeiras. Ele reafirmou também que pediu aos funcionários da Bônus que sacassem R$ 600 mil das contas de Marcos Valério no Banco Rural, e que todo dinheiro foi entregue ao próprio Valério.

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Enivaldo Quadrado disse que, na época, não desconfiou do pedido de Valério, já que o saque seria feito "dentro de um banco. E porque estávamos tentando vender a ele a empresa".

Enivaldo explicou à PF que a Bônus é uma corretora com título que dá direito a investir na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e que faz aplicações para seus clientes.

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Durante as conversas sobre a compra da empresa, Enivaldo teria apresentado a lista de clientes para Valério. O empresário então escolheu um deles, que então passaria a administrar seus negócios dentro da conta da Bônus ? que possuía título para investimento na BM&F. A Bônus, segundo Enivaldo, representando interesses da empresa Natimar na BM&F, fez aplicações para Valério no valor de R$ 6,5 milhões.