Sobra dinheiro e fundos gastam US$ 500 bilhões com compra

O aumento da liquidez internacional deu poder de fogo assustador aos fundos que compram participação em empresas, conhecidos no mercado como private equity. Só até maio, eles já gastaram quase meio trilhão de dólares com aquisições, 114% que em igual período de 2006. No ano passado, as operações somaram US$ 750 bilhões.

Em geral, os private equity compram empresas de capital fechado, assumem a gestão, turbinam o crescimento e depois saem do negócio, com a venda ou a abertura de capital. Com o excesso de liquidez mundial, isso mudou. Várias das megaaquisições passaram a envolver empresas com capital aberto. Para conseguir retorno, eles fecham o capital – já que manter uma companhia na bolsa custa caro – e cortam custos. Há ainda os fundos que têm como alvo empresas com dificuldade financeira, cujo risco é bem maior mas garantem ganhos melhores. É o caso da Chrysler, adquirida neste mês pelo fundo Cerberus, que comprou 80% das ações da companhia por US$ 7,4 bilhões.

?No curto prazo não há sinal de que a liquidez vai acabar. Mas, se houver uma diminuição no ritmo, os fundos podem ter dificuldade para sair dos negócios, já que normalmente isso ocorre por meio da bolsa?, destaca o sócio da PricewaterhouseCoopers, Raul Beer. Outra preocupação está associada a uma possível alta dos juros – para conter um crescimento exagerado do consumo. Isso porque o dinheiro para comprar empresas é captado a juros baixos. ?Como os empréstimos para fazer as aquisições são astronômicos, a alta da taxa aumenta a dívida e pode até criar uma quebradeira das empresas e demissões em massa?, diz um dos sócios do fundo Stratus, Álvaro Gonçalves.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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