O rabino Henry Sobel disse hoje em entrevista coletiva, no Hospital Albert Einstein, onde está internado desde a madrugada de ontem, que tomou um medicamento sem permissão médica. Ele disse não saber "como explicar o inexplicável" e pediu desculpas pelo "transtorno causado". "Não possuo conhecimento científico e psicológico para compreender, explicar e menos ainda justificar o que aconteceu. Mas uma coisa eu sei. O Henry Sobel que cometeu aquele ato não é o Henry Sobel que vocês conhecem".
O rabino iniciou sua fala explicando que está em recuperação e há meses vem tomando remédios relativamente fortes. Agradeceu o apoio recebido da equipe do hospital e de toda Congregação Israelita Paulista, a qual presidia até se afastar nesta semana. Antes de encerrar, Sobel disse que assumiria um compromisso solene de continuar defendendo todos os valores morais e éticos. "Vou me recuperar", concluiu.
O médico Flávio Huck evitou dar maiores detalhes da situação do paciente, mas confirmou que o rabino tomou medicamentos sem orientação médica e em dose elevada. "Nós vamos tê-lo de volta em boas condições em prazo muito curto", disse.
O boletim médico liberado logo após a coletiva reiterou que o motivo da internação foi um episódio de transtorno de humor, representado por descontrole emocional e alterações de comportamento. O documento reafirma também que o paciente estava sob tratamento medicamentoso e, por insônia severa, "vinha fazendo uso imoderado de hipnóticos diazepínicos, causadores potenciais de quadros de confusão mental e amnésia".
Henry Sobel foi preso na sexta-feira, dia 23, em Palm Beach, nos Estados Unidos, acusado de ter roubado quatro gravatas de lojas de grife. Ficou preso até sábado, sendo liberado após pagamento de US$ 3 mil de fiança.