O economista Antônio Corrêa de Lacerda, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), considera factível um crescimento de 1,5% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e de 3% no ano que vem.
Ele mantém esta posição mesmo diante da possibilidade de revisão de estimativas para baixo ,anunciada ontem, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do Ministério do Planejamento.
Para o economista, os índices inflacionários em queda abrem espaços para que o Comitê de Política Monetária (Copom) decida efetuar novos cortes na taxa Básica de Juros, a Selic, atualmente em 24,5% ao ano.
A última redução de 1,5 ponto percentual foi considerada por ele resultado de uma postura muito conservadora. Apesar de o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, insistir na política de queda gradual dos juros, Lacerda aposta que o afrouxamento da política monetária ocorrerá de forma a estimular o aumento da atividade produtiva, neste segundo semestre, compensando de certa forma o fraco desempenho do primeiro semestre.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), divulgados ontem, indicam que a indústria se manteve estagnada, nos seis primeiros meses do ano, com elevação de apenas 0,1% em relação ao primeiro semestre de 2002.
