São duas as solidões humanas: a emocional e a existencial. Enquanto a primeira é uma condição circunstancial, a segunda é um destino inevitável e, embora parecidas à primeira vista, são claramente distintas.

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A solidão emocional decorre da ausência de relacionamentos inter-pessoais afetivos ou da ineficácia dos mesmos, isto é, quando esses não atendem à sua finalidade psíquica, que é a troca de emoções. É, por isso, uma solidão emocional e não física propriamente.

A solidão existencial, por sua vez, é um estado natural do ser humano, mas vista freqüentemente com assombro porque nos mostra que, apesar de tudo e de todos, estamos inapelavelmente sós. E isso realmente assusta. Em conseqüência, surgem a ansiedade e as fobias, fazendo com que a mente mantenha-se sempre terrivelmente ocupada na tentativa de fugir dessa inexorável realidade.

Contudo, paradoxalmente, a solidão existencial pode ser uma fonte de segurança, um porto seguro, pois é o único espaço onde reinamos absolutos e maravilhosamente sós.

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Djalma Filho é advogado

djalmafilho68@uol.com.br

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