“Só otário acredita em Garotinho”, diz prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia

Em tom sarcástico, o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), explicitou hoje que deseja distância, nas eleições de 2006, do pré-candidato do PMDB a presidente da República, Anthony Garotinho, que tem acenado para as oposições com a possibilidade de uma aliança. "Só otário acredita em Garotinho nesta altura do campeonato", disse ele, em uma crítica velada a aliados tucanos, como o pré-candidato do PSDB a presidente, Geraldo Alckmin, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que têm mantido conversas com o peemedebista sem descartar uma união. O próprio Garotinho tem feito circular a versão de que, se perder a candidatura no PMDB, poderá ser candidato a vice na chapa tucana o que, na opinião de Maia, seria "o beijo da morte" para o ex-governador paulista.

"Garotinho tem a maior rejeição de todos, e seu apoio significa tirar votos", acrescentou Maia, para quem o pré-candidato do PMDB "no máximo tem espertezas", não estratégia "Imagine um candidato que parte de 29% de rejeição em nível nacional. Isso porque ainda não conhecem o desastre que produziu no Rio." Para o prefeito do Rio, que há anos disputa com Garotinho a primazia na política do Rio, com a proximidade de Garotinho, Alckmin ficaria "contaminado" pela rejeição. "E Garotinho) não precisa ser vice: basta apoiar abertamente", afirmou.

Maia disse ainda que a aliança se daria "contra Garotinho e o desastre que produziu". Segundo ele, uma aliança com o candidato do PMDB a governador, Sérgio Cabral Filho, com Garotinho, só ocorrerá "se for por masoquismo".

Na contramão das conversas dos tucanos com Garotinho, Maia disse que "é impossível" que se alie ao peemedebista. Assegurou também que "não acontecerá" a aliança do ex-governador do Rio com Alckmin. "Ele (Garotinho) engana os bobos. O que quer é aumentar o poder de chantagem junto ao PMDB. Mas no PMDB — escola de políticos experimentados — isso não cola", afirmou. O prefeito disse ainda que manterá a pré-candidatura do pefelista Eider Dantas a governador."É o deputado mais votado da cidade do Rio e um grande realizador", argumentou. "O Estado todo vai conhecer sua capacidade e trocar o blá-blá-blá pelas obras que o Estado precisa." Brincando, ele também sugeriu um cargo para Garotinho num eventual governo federal tucano: "Embaixador no Iraque".

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