O Conselho Universitário da Universidade Federal do Paraná (UFPR) vai analisar e votar até o final de abril o plano de metas e política de medidas de inclusão social na instituição, para alunos que só estudaram em escolas públicas e para os negros. As negociações com as instituições de defesa dos negros vêm desde o ano passado. No último vestibular da UFPR, com resultado divulgado na sexta-feira passada, apenas 1,7% dos alunos que ingressaram são negros.
De acordo com o Instituto de Pesquisa da Afrodescência (IPAD), os negros representam 22% da população total do Paraná.
O número contrasta com o total apresentado pelas outras instituições do País, que registram crescimento na participação de negros nas universidades. Em 2000, 15,7% dos formandos nas instituições se declararam pardos ou negros, percentual que aumentou para 20,7% em 2003. Analisando somente os negros, subiu de 2,2% para 2,9%. Entre os pardos, passou de 13,5% para 17,8%. Os números são do Ministério da Educação.
O reitor da UFPR, Carlos Moreira Júnior, adiantou que já entrou em contato com a Universidade de Brasília (UnB), que trabalhava com o sistema de cotas há algum tempo. Com relação ao percentual de vagas destinadas aos negros, o reitor reitera que apenas após a decisão final do conselho, poderá apresentar um número preciso. “Tudo depende da aprovação deles. Pode ficar decidido que 10%, 15% ou 20% das vagas sejam destinadas aos negros e alunos de escolas públicas. Não posso confirmar nada ainda”, completa. (Leia mais na edição de amanhã de O Estado do Paraná)
