Os aposentados e pensionistas que recebem o teto de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passam a receber R$ 1.561,56 a partir de segunda-feira, quando começa o calendário de pagamento de junho dos segurados da Previdência Social. Até maio -pagamento feito em junho- o maior valor de benefícios pagos pelo INSS era de R$ 1.430. Mas a partir de 1º de junho (pagamento em julho) os aposentados que ganham mais que um salário mínimo (R$ 200) tiveram um reajuste de 9,2%.
Mas pouquíssimos segurados da Previdência terão acesso ao benefício máximo pago pelo INSS. Do total de 20,6 milhões de aposentados e pensionistas, apenas 70,8 mil recebem um benefício equivalente ao teto. Ou seja, só 0,34% do total de beneficiários.
Segundo os analistas de previdência, a tendência daqui para frente é aumentar o número de pessoas que ganha o mínimo e cair o daquelas que recebe o teto, já que desde 1994 o governo desatrelou o reajuste dos aposentados que ganham o piso daqueles que ganham mais que um salário mínimo.
Desde então, quem ganha o mínimo passou a ter o benefício reajustado em 1§ de abril e os que ganham mais, a partir de 1§ de junho. A crítica dos analistas de Previdência é que o primeiro grupo passou a receber um reajuste maior do que o concedido para quem ganha mais que o piso de benefícios pagos pelo INSS. Neste ano, quem recebia o mínimo de R$ 180 teve um aumento de 11,11%, passando a ganhar um benefício de R$ 200. Quem ganha mais que o mínimo teve um aumento de 9,2%.
Para os especialistas, a longo prazo, essa política vai achatar o valor dos benefícios previdenciários a tal ponto que haverá um dia em que o INSS pagará apenas o salário mínimo. Quem quiser ganhar mais que o mínimo terá de recorrer para a previdência complementar. (Correio Web)
