A Justiça do Rio deve se pronunciar amanhã sobre a proposta do Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), único a fazer oferta pela Varig no leilão realizado ha dez dias. A expectativa é de que o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio, rejeite a oferta e opte por decretar a falência continuada da companhia aérea. Isto porque, depois de dois pedidos de esclarecimento da Justiça, o consórcio vencedor ainda não conseguiu comprovar a origem dos R$ 1,010 bilhão que viabilizariam o negócio

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A dificuldade da TGV em encontrar investidores para financiar o consórcio abriu caminho para a entrada em cena da estatal portuguesa de aviação, a TAP. Desde o final da semana passada, vem sendo estudada a falência continuada da Varig, com o grupo português assumindo a gestão operacional e financeira da empresa até a realização de um novo leilão. A alternativa foi confirmada pelo próprio presidente da TAP, Fernando Pinto, que está no Brasil tocando pessoalmente as negociações. Segundo ele, além da TAP, o consórcio seria integrado também Air Canadá e pelo banco brasileiro Brascan, controlado pelo fundo canadense Brookfield

A Varig precisa urgentemente de dinheiro para poder sensibilizar o juiz Robert Drain, da Corte de Nova York, que decide, na quarta-feira, se prorroga uma liminar que protege a empresa contra o arresto de pelo menos 25 aeronaves

Enquanto isso, o TGV luta para convencer algum dos cinco investidores, que alega manter conversações, a entrar no negócio e garantir a aprovação da sua proposta pela Justiça. Pelo menos um desses potenciais financiadores, a companhia aérea chilena Lan Chile, desistiu de apoiar a organização na última hora. Isso reforça os rumores de que o TGV esta sozinho na disputa para conseguir um financiador

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