Sistema tecnológico de combate à dengue ganha prêmio mundial

Rio de Janeiro – Um sistema de informação para combate à dengue desenvolvido pela empresa mineira Ecovec a partir de pesquisas do professor Álvaro Eiras, da Universidade Federal de Minas Gerais, ganhou o prêmio mundial de tecnologia em saúde Tech Museum Award.

Esta foi a primeira vez que uma empresa brasileira é indicada para o prêmio, desde que ele foi instituído em 2000 pelo Tech Museum of Innovation, dos Estados Unidos.

O professor Álvaro Eiras revelou à Agência Brasil que a tecnologia usada atualmente foi obtida após oito anos de pesquisas no Laboratório de Culicídeos da UFMG, que trata de mosquitos, pernilongos e muriçocas.

?Hoje a tecnologia já está sendo usada em dois municípios brasileiros (Frutal e Congonhas, em Minas) e um terceiro município (Vitória, no Espírito Santo) acabou de instalar um projeto piloto. O sistema tem sido avaliado pelo Ministério da Saúde há mais de dois anos?, informou Eiras.

Agilidade, baixo custo e prevenção da doença são as vantagens principais da nova tecnologia, ressaltou o pesquisador. ?O sistema tem a capacidade de conhecer a população do mosquito transmissor da dengue, que é o Aedes aegypti, em uma semana, durante o ano todo. Toda semana dá para fazer esse monitoramento?, explicou. O Ministério da Saúde prevê que o trabalho seja feito apenas seis vezes por ano, disse Eiras. ?Então, não há um acompanhamento?, definiu.

A vantagem do sistema é permitir detectar com mais rapidez e sensibilidade a ocorrência de áreas com focos do mosquito transmissor da dengue. ?O custo é praticamente dez vezes mais baixo do que o (método) usado pelo Ministério?.

Álvaro Eiras destacou que o projeto conta com a parceria do Ministério da Saúde. Uma reunião técnica já foi realizada entre as partes e o Laboratório de Culicídeos está respondendo agora a questionamentos formulados pelo governo em relação a detalhes vinculados à prevenção de riscos de epidemia de dengue.

O sistema tecnológico desenvolvido pela UFMG e Ecovec é disponibilizado na internet. A cada semana, há um mapa novo cujas cores especificam se a área não tem mosquito (verde), se há uma pequena proporção (amarelo), sistema de atenção (alaranjado) e área de risco, onde a população do mosquito está alta e se deve entrar com medidas de intervenção (vermelho).

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