Brasília – O modelo de TV que será implantado no Brasil daqui a um ano e meio deve ampliar o número de canais existentes na TV aberta. Embora o espectro da TV digital seja finito, haverá espaço nas grandes capitais, por exemplo, para concessão de pelo menos mais dois canais. Haverá também espaço para a criação de quatro novos canais digitais públicos: um do Poder Executivo, um da área de educação, um de cidadania e outro de cultura.
A chegada da TV digital ao Brasil vai representar a chance de novos mercados. Só no Brasil, informou a Secretaria de Imprensa e Porta-Voz da Presidência da República, estima-se que os negócios envolvendo a entrada da TV digital no país chegarão a cerca de R$ 100 bilhões, dentro de 15 a 20 anos. O sistema abrirá novas oportunidades de exportação de equipamentos eletroeletrônicos, assim como de programas, minisséries e filmes.
O avanço tecnológico permitiu, além da digitalização do sinal dos aparelhos celulares, o sinal dos aparelhos televisores. Isto significa que, num prazo de 18 meses, a população brasileira poderá ter uma melhoria significativa na qualidade de imagem (igual ou superior à de DVD), alta definição (imagem semelhante à do cinema) e acesso a serviços via controle remoto da TV, como marcação de consultas no SUS (Sistema Único de Saúde) e verificação de dados da Previdência Social.
O decreto que traz diretrizes para a implantação da TV digital no Brasil, foi assinado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, por meio da TV digital, também será possível assistir televisão com imagem perfeita em celulares e aparelhos de TV instalados em trens, ônibus, táxis ou veículos particulares, sem qualquer custo adicional. Por sua interatividade, esse novo sistema vai favorecer a inclusão digital.