O Sistema de Informações Ambientais (SIA), desenvolvido pela Sanepar para monitorar todos os pontos de captação de água no Estado, assim como os pontos de lançamento de efluentes, deverá ser adotado em todo o Brasil. A Agência Nacional de Águas (ANA) pretende utilizar o sistema, o primeiro desse tipo, no país, para criar um modelo para as empresas de saneamento de outros Estados. Nesta terça-feira, o coordenador do Núcleo de Gestão de Informação da Agência, Flávio José Lyra, esteve em Curitiba para conhecer o sistema.

O objetivo da Agência é criar um banco de dados que disponibilize informações sobre a quantidade e a qualidade da água usada por cada empresa. “Como o núcleo de informações da Agência é muito recente, ainda estamos em processo de implantação dos sistemas de monitoramento e armazenagem de dados. Acredito que o sistema da Sanepar ofereça essa ferramenta, e que possamos, em breve, ter uma visão geral das águas de todo o país”, explica Lyra.

Segundo o presidente da Sanepar, Stênio Jacob, o entrosamento entre as empresas de saneamento e a Agência Nacional garante que informações fundamentais sobre os serviços de saneamento cheguem até a população. “Não basta ampliarmos as redes de esgoto e monitorarmos os pontos de captação e de lançamento. É preciso explicar para o usuário que ligar seu esgoto à rede coletora é vital para garantir sua saúde e a preservação do meio ambiente. Dessa maneira, poderemos construir, também, uma política nacional de educação ambiental”, ressalta Stênio.

Outros Estados

O diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), Marcelo Oliveira, também veio conhecer o sistema. A Cesan é a segunda empresa do país a vir até Curitiba para conhecer o SIA. No dia 22 de outubro, representantes da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) também estiveram na Sanepar para obter informações sobre o sistema.

Segundo Oliveira, a Cesan deve implantar o sistema desenvolvido pela Sanepar. “Claro que as realidades de cada Estado são únicas, mas os problemas que enfrentamos são muito parecidos. Por isso, estamos buscando parcerias que aprimorem nossos procedimentos”, afirma.

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