O governador Roberto Requião recebeu nesta segunda-feira cópia da representação com a qual o Sindilitoral ingressou no Ministério Público e no Procon contra o reajuste de pedágio pretendido pelas concessionárias e derrubado pelo DER. O aumento, de até 28,77%, pleiteado pelas empresas foi classificado pelo sindicato como abusivo e oportunista.
"O interesse do veranista pelo nosso litoral diminui a cada aumento na tarifa", justificou o presidente da entidade que reúne representantes do comércio, bares e hotéis, José Carlos Chicarelli. Ainda segundo o presidente do Sindilitoral, a redução do reajuste feita pelo governo, em índices que variam entre 3,94% e 11,30%, foi importante para evitar maiores prejuízos ao comércio nas praias do Paraná.
"O curitibano que descia de 8 a 10 vezes por temporada para o litoral, agora vai 2 ou 3 vezes. Além da troca das nossas praias por Santa Catarina e outros destinos, está ocorrendo uma desvalorização imobiliária que pode ser observada no grande número de anúncios de venda nas casas", salientou. Para o presidente, a redução no fluxo de turistas também de outros estados tem sido observada desde 1999, ano em que a concessão estava consolidada.
Chicarelli disse ainda que o grau de descontentamento do comerciante está relacionado diretamente com o percentual de reajuste pleiteado pelas concessionárias. "Sentimos uma indignação e um repúdio menores do comerciante em relação ao último aumento", afirmou. O reajuste aplicado seguiu a tabela do DER e variou entre 3,94% e 11,30% – contra os até 28,77% pretendidos pelas empresas.
O pedido do Sindilitoral também pretende exigir que os dados técnicos referentes à concessão ? como o cronograma de obras, custos e arrecadação ? sejam divulgados gratuitamente e que não ocorra "a divulgação de informações que confundam o consumidor com relação aos seus direitos básicos".