Sindicatos definem calendário de protestos

A Força Sindical, a Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT), a Social Democracia Sindical (SDS) e a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) definiram, nesta segunda-feira, em São Paulo, um calendário de protestos contra a corrupção no governo.

De acordo com a Força, haverá um grande ato no dia 6, na Praça da Sé, centro da capital paulista, onde líderes de vários Estados exigirão a apuração rigorosa das denúncias e a punição dos culpados.

Até lá, no entanto, serão realizadas mais duas manifestações para "sensibilizar a população". Na quinta-feira, às 10 horas, as quatro centrais sindicais farão uma passeata na Avenida Paulista, em protesto contra a corrupção na administração federal. No dia 24, às 9 horas, na sede da Força, os delegados de 51 sindicatos de metalúrgicos do Estado filiados à entidade protestarão, durante uma reunião plenária da categoria, para lançar a campanha salarial deste ano.

A intenção das centrais é que os metalúrgicos sigam parar fábricas e tragam os trabalhadores à passeata. De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, a crise política prejudica as campanhas salariais.

"A corrupção afeta o trabalhador e a economia. Cabe a nós defendermos seus direitos e, acima de tudo, o interesse dos trabalhadores devem ser preservados", afirmou, em comunicado.

As entidades informaram também hoje que resolveram convidar a Central Única dos Trabalhadores (CUT) para as manifestações.

A assessoria da CUT informou, porém, que a central sindical "não vai participar das manifestações convocadas pela Força". De acordo com a assessoria, a CUT está envolvida com a participação no ato que acontecerá amanhã (16), em Brasília, também contra a corrupção no País.

Promovida pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), da qual a CUT é integrante, o protesto contará também com as Uniões Nacional dos Estudantes (UNE) e Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Marcha Mundial das Mulheres e Pastoral da Terra, entre outras entidades.

O movimento pede a apuração de todas as denúncias de corrupção, punição de todos os envolvidos e faz a defesa de uma "profunda e democrática" reforma política.

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