Várias entidades se manifestaram nesta quarta-feira em favor da decisão do juiz Luiz Osório Moraes Panza, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, que concedeu uma liminar suspendendo o pacto de acionistas da Sanepar. Com a decisão, o Estado retomou o controle da empresa. “A Sanepar não é uma fábrica de cerveja para visar lucros, como queriam os sócios privados”, disse o diretor do Sindicato dos Engenheiros, Dirceu Lopes dos Santos Filho.
O diretor enfatizou que o Estado como sócio majoritário deve ter o controle da Sanepar. “O Sindicato está satisfeito com a retomada da legalidade. É bom ver a lei sendo cumprida”, disse o diretor. Para o dirigente, o serviço de água e esgoto é essencial e não deve visar lucros.
Dirceu também comentou a retomada de programas sociais. “Era tanta burocracia que isso impossibilitava o acesso da população carente à Tarifa Social”, disse Dirceu. Segundo ele, a retomada da administração da Sanepar pelo Estado possibilita que a população carente receba serviço de saneamento e água de qualidade. “A Sanepar não deve visar lucros, deve promover o bem-estar público, levando seus serviços a todos que precisam, inclusive aos que não podem pagar”, lembrou o diretor do Sindicato.
Para César Luis Viera, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Urbana do Estado do Paraná, a retomada é muito importante e trará melhorias na qualidade dos serviços. “Na época em que os acionistas minoritários administravam a empresa, a qualidade dos serviços prestados caiu muito devido à terceirização de várias áreas”, lembrou Viera. Além disso, a empresa retomou os investimentos na área social, como por exemplo a implantação da Tarifa Social. “Os investimentos nessa área estavam paralisados e essa retomada garante água de boa qualidade e saneamento para a população de baixa renda”, citou Viera