A greve retomada, nesta quarta-feira, pelos funcionários do Banco Central atinge 75% dos 4.600 empregados da instituição nas dez regionais da instituição em todo o País.
A informação foi divulgada pelo presidente do Sindicato Nacio nal dos Funcionários Banco Central (Sinal), David Falcão. "A preocupação é que não haja prejuízo para a população. A greve deve, porém, causar alguma dificuldade ao governo e ao sistema financeiro", disse Falcão à Agência Estado, acrescentando que, em Brasília, menos de 20% dos funcionários estão trabalhando, para manter serviços essenciais.
A assessoria de imprensa do BC não confirmou e nem desmentiu a informação, limitando-se a dizer que, no final da tarde, deve divulgar um balanço sobre a greve, que já estaria impedindo a atualização de dados sobre moedas estrangeiros no Sisbac en – sistema de comunicação do BC com o mercado Financeiro.
A categoria protesta contra o "desmonte crescente da instituição", iniciado, segundo o Sinal, pelo governo Fernando Collor de Mello. Exige também a reabertura imediata das negociações em torno da pauta salarial entregue há três meses. Os funcionários do BC pleiteiam "reajuste emergencial" de 15% para os salários e querem negociar a recomposição de perdas desde 1998 que, conforme alegaram, ultrapassam 57%.
As manifestações começaram com uma paralisação parcial de advertência, por três horas, no dia 10 de agosto, quando a assembléia dos trabalhadores aprovou o indicativo da greve de 24 horas realizada no dia 18. Alegando que não obtiveram resposta do BC, os servidores optaram por uma paralisação maior, de 48 horas, a partir de hoje.