Brasília (AE) – Os funcionários do Banco Central iniciaram hoje (24) uma greve de advertência de 48 horas pela reabertura das negociações salariais com o governo. O movimento, segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do banco (Sinal), obteve adesão de cerca de 75% da categoria em todo o País. Em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo o sindicato garante que a paralisação atingiu 90% dos funcionários. O Banco Central não divulgou o balanço da greve.
Segundo o presidente do Sinal, Paulo Calovi, os funcionários estão bastante mobilizados e, caso o governo não se manifeste, a paralisação poderá se estender. "Estamos tentando uma negociação há mais de dois meses e até agora nada", disse. Calovi contou que já alertou a diretoria do BC para as consequências. Amanhã, no segundo dia da greve, a assembléia dos funcionários decidirá o futuro do movimento.
"Existem propostas de greve por tempo indeterminado e também de paralisações parciais a partir da próxima semana", disse o presidente do Sinal. Ele falou que as entidades que coordenam o movimento vão avaliar o nível de adesão dos funcionários. Por enquanto, segundo o presidente do Sinal, a paralisação não prejudica a população, uma vez que o mercado financeiro está bem abastecido de dinheiro. O quadro, no entanto poderá mudar caso a greve se estenda por muito tempo. Hoje, segundo o Sinal, o departamento que cuida da distribuição de dinheiro (Meio Circulante) só abriu em Salvador.