Marcondes Ferraz, que também é diretor de Suprimentos do Grupo Dona Benta Alimentos, um dos maiores do setor de moagem e o segundo no ranking de vendas de farinha de trigo para uso doméstico, diz que o Brasil não quer o trigo transgênico. “A indústria tem que produzir o que o consumidor demanda. E está bastante claro para mim que o consumidor não quer o alimento geneticamente modificado”, disse. O trigo é matéria prima para alimentos de larga base de consumo humano, como pão e massas.
Ele participou de um seminário sobre o mercado de trigo neste final de semana em Florianópolis, promovido pela Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo). O Brasil é um dos principais importadores de trigo do mundo. Em 2002, importou 7 milhões de toneladas. Neste ano deve importar cerca de 6 milhões de toneladas, devido à perspectiva de uma boa safra nacional. O governo pretende enviar em breve um projeto de lei ao Congresso que terá o objetivo de definir de uma vez por todas a legislação relacionada ao cultivo, venda e consumo dos alimentos geneticamente modificados.
