A comissão de sindicância criada para investigar denúncias contra o deputado federal André Luiz (PMDB-RJ) se reúne amanhã para analisar a fita com gravações que supostamente incriminam o deputado de tentar extorquir R$ 4 milhões do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. O dinheiro seria usado para o pagamento de deputados estaduais com o objetivo de retirar o nome de Carlos Cachoeira da lista de indiciados pela Assembléia do Rio de Janeiro.
Os parlamentares terão acesso à integra do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Rio que acabou propondo o indiciamento de Cachoeira. O empresário foi indiciado com outras 19 pessoas acusadas de corrupção e formação de quadrilha.
De acordo com coordenador da sindicância, deputado Luiz Piauhylino (PTB-PE), com base na análise do material, a comissão deve decidir os próximos encaminhamentos da sindicância, o que pode incluir os depoimentos do deputado André Luiz e de Carlinhos Cachoeira.
Segundo o parlamentar concluída a sindicância, o relatório será encaminhado à Mesa Diretora da Câmara, que decidirá se enviará o documento ao Conselho de Ética da Casa ou arquivará o processo.
“A Câmara tem dado um exemplo muito forte, nestes últimos 15 anos, de que adota as providências necessárias, inclusive, em casos anteriores, a Câmara cortou na própria carne quando foi preciso”, disse Piauhylino.
A comissão escolheu a deputada Iriny Lopes (PT-ES) para relatar o processo. Desde a semana passada, quando a comissão se reuniu pela primeira vez, está contando o prazo de cinco sessões ordinárias do plenário da Câmara para que o deputado André Luiz apresente sua defesa. O prazo se esgota teoricamente no fim desta semana.
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