Sindicalistas protestam contra exploração do trabalho na Copa do Mundo

Nairobi (Quênia) e Brasília – A preocupação com a possibilidade de exploração de mão-de-obra durante a próxima Copa do Mundo de Futebol foi um dos principais temas discutidos nesta terça-feira (23) no 7º Fórum Social Mundial, que aconetece em Nairobi, capital do Quênia.

Sindicalistas preocupados com a situção propuseram uma campanha pelo trabalho com dignidade na realização do maior evento esportivo do mundo, que será realizado em 2010, na África do Sul. Eles demonstraram preocupação com a possibilidade de ocorrer muitas horas extras irregulares e alto número de contratação sem carteira assinada.

A campanha internacional Clean Clothes (roupas limpas) denuncia há anos a exploração de trabalhadores têxteis. Segundo comunicado recentemente divulgado, diversas violações de direitos trabalhistas foram registradas em fábricas indianas na produção das empresas FFI e JKPL – fornecedores, entre outros, de marcas como a GAP, Ann Taylor e Guess. Os abusos incluem "assédio moral, abuso físico, demissões ilegais, emprego não-registrado (…), falta de equipamentos de segurança e não-pagamento de horas-extras".

Amanhã (24), último dia de atividades do fórum, que começou no último sábado (20), está previsto um amplo debate sobre todas as atividades ocorridas ao longo do evento e o lançamento de uma carta conjunta de ações. A idéia é formular um planopara ser desenvolvido nos próximos anos pelas centenas de organizações participantes.

A iniciativa é uma resposta aos críticos que afirmavam que o fórum discutia muito, mas não tomava ações práticas para solucionar as desigualdades sociais.

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