Sindicalistas e ex-funcionários protestam contra demora da Anac

A briga entre a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a nova Varig desdobrou-se nesta quinta-feira (19) em uma manifestação de sindicalistas, agentes de viagem e ex-funcionários da companhia aérea contra a demora da entidade em conceder as autorizações para que a empresa retome sua operação normal.

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que organizou o protesto, acusa a Anac de extrapolar em 60 dias o prazo para a concessão do direito de exploração do serviço aéreo e do certificado que lhe permitirá voar em seu nome – documentos que, em princípio, deveriam ter sido liberados até o último dia 17 de agosto.

O protesto foi conduzido pela presidente do SNA, Graziela Baggio. Segundo o comandante Gelson Fochesato, vice-presidente do sindicato, o atraso impede a contratação de 3.000 a 4.000 funcionários pela companhia e também a finalização das operações de compra de 14 aviões da Boeing 737, que já se encontram no Rio de Janeiro.

O sindicato alega que a diretoria da Anac havia concordado com o prazo de 30 dias, a partir da data de realização do leilão da companhia (em 17 de julho), para a liberação da Certificação de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo (Cheta) e do contrato de concessão.

"Até agora, a Anac não nos explicou a razão desse atraso de 60 dias", afirmou. "Há algo de podre nesse atraso. Claro que as concorrentes estão atuando nos bastidores", acusou Fochesato.

No último dia 26, a Anac havia concedido à nova Varig (VRG Linhas Aéreas) a autorização para seu funcionamento jurídico, válida por 12 meses. Ou seja, dera o primeiro passo para a certificação da companhia como concessionária de transporte aéreo. Mas a agência estancou nesse ponto, o que leva a nova Varig a operar apenas algumas linhas com a concessão da antiga companhia. As outras 148 rotas aéreas são o alvo da sua briga com a Anac.

A agência pretendia distribuí-las, em meados de setembro, às concorrentes da Varig, sob a alegação de que a paralisação de todas elas significa prejuízo aos passageiros. Mas acabou impedida por uma decisão da Justiça do Rio de Janeiro.

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