O senador Pedro Simon (PMDB-RS) deu prazo até hoje para que o senador Ney Suassuna (PB) deixe a liderança do PMDB. Caso contrário, Simon disse que fará discurso em plenário pedindo que se afaste do partido, para não constranger os filiados. Para Simon, o fato de ter sido denunciado pela CPI dos Sanguessugas é motivo de sobra para Suassuna renunciar à liderança
"Com a ameaça de ter o mandato cassado, ele perdeu as condições de continuar no cargo", alegou. A Executiva do partido só vai analisar sua situação e a dos sete deputados acusados de envolvimento no esquema de compra superfaturada de ambulâncias com emendas parlamentares na reunião marcada para setembro
Simon disse ter esperança de que não terá de pedir o afastamento do colega. "Peço a Deus que ele faça isso por conta própria." Mas frisou que a renúncia não significará o reconhecimento da culpa. "Será um gesto de grandeza, de quem saberá se defender. Se ele renunciar vou felicitá-lo, darei um abraço nele." Suassuna está em campanha para se reeleger no interior da Paraíba e não foi localizado
Pedro Simon lembrou que já há alguns dias vem insistindo sobre a sua saída da liderança. "Ele não falou nada e eu não insisti", afirmou. No seu entender, o procedimento de Suassuna é questionável desde que indicou os membros da CPI incumbida de analisar as denúncias contra ele e outros parlamentares. Lembrou que o fato chegou a lançar suspeitas, não confirmadas, sobre a atitude do senador Amir Lando (PMDB-RO), relator da comissão
Sobre o outro peemedebista da CPI, senador Wellington Salgado (MG), que assumiu uma vaga no Senado com a ida de Hélio Costa para o Ministério das Comunicações, Simon disse: "Como suplente de um ministro, nem deveria participar desta CPI.