Sílvio Pereira dribla novamente CPI e não vai a depoimento

Pela segunda vez, o ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira, faltou ao depoimento na CPI dos Bingos. Seus advogados entraram com um pedido de habeas-corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que a CPI queria levá-lo à força para depor, mas não esperou a decisão: simplesmente não apareceu na CPI. O ministro Marco Aurélio Mello, a quem cabe julgar liminarmente o habeas-corpus, pediu informações sobre a notificação de Silvinho pela CPI.

Silvinho pediu licença da Executiva Nacional do PT em julho, prometendo voltar ao cargo ao final da CPI dos Correios, mas pediu afastamento definitivo quando cresceram as suspeitas sobre seu envolvimento quando a CPI descobriu que ele tinha recebido um jipe Land Rover de presente da empreiteira GDK, a quem teria ajudado em contratos com a Petrobras.

Com o impasse, a CPI resolveu adiar o depoimento. Os advogados de Silvinho alegaram que, como os oficiais da CPI tiveram dificuldades para localizá-lo a tempo, integrantes da CPI teriam determinado a sua condução coercitiva ao Congresso, com recomendação que fosse algemado e que as algemas fossem retiradas à frente de câmeras de TV, o que foi desmentido pelo presidente da CPI, senador Efraim Moraes (PFL-PB).

Na primeira vez em que faltou à CPI dos Bingos, Silvinho se valeu da estratégia de dificultar a entrega da intimação. Agentes da Polícia Federal terminaram localizando-o em Ilhabela, no litoral paulista. Agora, a escapada foi mais elaborada, com ajuda de um de dos mais famosos escritórios de advocacia de São Paulo. O senador José Jorge (PFL-PE) estranhou que "um desempregado possa bancar os custos do advogado Arnaldo Malheiros". Malheiros ligou para o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e disse que Silvinho está disposto a depor na semana que vem.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo