Sigilo na CPI dos Sanguessugas atrapalha os trabalhos, diz relator

Brasília – O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, senador Amir Lando (PMDB-RO), disse nesta segunda-feira (17) que o sigilo nas investigações sobre o suposto envolvimento de parlamentares na chamada "máfia das ambulâncias" está atrapalhando os trabalhos da comissão.

Segundo Lando, se o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar a quebra dos sigilos os nomes dos parlamentares acusados, "haverá um momento em que a CPMI terá que divulgar os nomes ? e isso vai ser antes das eleições".

O senador também reconheceu que é curto o prazo de 60 dias para a comissão realizar o cruzamento de informações, investigações e análise de documentos, diante do volume de trabalho.

Integrante da CPMI, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) informou que são 57 os parlamentares investigados, mas "com base no depoimento de Trevisan [Luiz Antonio Trevisan Vedoin] pode chegar a 100 o número de parlamentares ou ex-parlamentares" que forneceram suas senhas à Planam (empresa que vendia as ambulâncias) para acompanhar a liberação das emendas orçamentárias que previam a compra dos veículos. Gabeira disse que 90 dos citados seriam parlamentares ou ex-parlamentares da atual legislatura e 10, ex-parlamentares de legislaturas anteriores.  De acordo com análise inicial que fez no depoimento de Trevisan, acrescentou, muitos dos citados são do Rio de Janeiro, da bancada evangelica e de Mato Grosso.

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