O presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), Luiz André Rico Vicente, disse nesta quarta-feira (24) que até o fim de 2010 as empresas do setor deverão investir cerca de US$ 15 bilhões e com isso aumentar a capacidade instalada de produção de aço de 36,6 milhões de toneladas anuais, para 50 milhões de toneladas por ano, um aumento de 36%. Segundo ele, esse volume de investimentos corresponde ao que foi investido pelas empresas desde o início das privatizações da siderurgia, em 1992, até 2006.

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Vicente apresentou esses números ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião no Palácio do Planalto. "Viemos mostrar que o setor está engajado com a ação do governo e está solidário ao Programa de Aceleração do Crescimento. Viemos falar de nossa parcela de responsabilidade", afirmou Rico Vicente. Ele classificou o PAC como um programa "animador" para o setor siderúrgico, uma vez que prevê fortes investimentos em infra-estrutura e construção civil, setores que impulsionam o consumo de insumos básicos, como é o caso do aço.

Ele disse, entretanto, que a previsão de crescimento que apresentou ao presidente já havia sido feita pelas siderúrgicas antes da divulgação do PAC, e que essas estimativas baseiam-se principalmente nas exportações de aço. Rico Vicente ressaltou, no entanto, que, se o mercado interno responder aos incentivos do PAC, essa projeção de investimentos pode aumentar. "Se houver um crescimento efetivo da economia, como todos desejamos, existem mais projetos a serem anunciados".

Vicente, entretanto, não detalhou quais seriam esses outros investimentos. Rico Vicente disse que atualmente o setor exporta cerca de 45% de sua produção. Segundo ele, se houver um crescimento no mercado interno, a siderúrgicas direcionarão o que for necessário para abastecê-lo.

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